quinta-feira, 5 de maio de 2011

MULTA POR NÃO IR À ACADEMIA É NOVIDADE NOS EUA

     Os estímulos para combater o sedentarismo mundial não são poucos. Convencer a população da importância de incorporar no dia a dia uma atividade fisica, porém, parece requerer muito além de criatividade, inovação e entretenimento.
    Não bastam parques, praças, escolas de dança, a democratização do balé, da corrida, e o cardápio sempre atualizado das academias, que misturam balé com fitness, levam a ioga pra dentro da piscina, ou apresentam um treino para soldados da Swat. O crescimento das possibilidades e os convites ao exercício, apesar de tudo, não são proporcionais ao número de adeptos.
      Na tentativa de solucionar o problema com uma proposta mais agressiva, em Boston, nos EUA, Yifan Zhang e Geoff Oberhofer, dois alunos da Universidade de Harvard, lançaram um serviço de descontos em academias de dança, ginástica, estúdios de ioga e demais modalidades do gênero, que apela para o bolso dos preguiçosos.
      Com domínio garantido na internet e ampla divulgação na imprensa americana, o Gym Pact, ou pacto da ginástica – em tradução livre – propõe nada mais do que autuar quem falta às aulas. O aluno monta a própria grade e se compromete a frequentar a academia, escola de dança, ou outra modalidade oferecida, durante um determinado período, e com frequencia semanal pré-estabelecida. Cada falta, ou desrespeito ao acordo, é punida com o pagamento de uma multa em dinheiro.
      No site da empresa, ainda em construção, é possível entender como a proposta funciona e associar-se ao programa. Divido em três passos, o interessado deve, primeiramente, fazer um planejamento e estipular quantas vezes por semana ele pretende assumir a atividade física com seriedade.
      Em seguida, o próprio aluno deve definir o valor da taxa que deverá pagar em caso de faltas, sendo que o preço mínimo para tal multa é de 10 dólares. Ao final, basta escolher entre as empresas associadas ao serviço, a modalidade que mais se enquadrar no perfil e começar a malhação. O sacrifício bancário, porém, não é irreversível.
      O serviço permite que o associado reduza suas taxas através do Programa de Resgate. Para cada dia de malhação cumprida, há uma redução de 10% no valor da multa pelos dias já não treinados. É a forma como os idealizadores do programa acreditam, segundo informa o site, ser ideal para manter a motivação sempre valorizada financeiramente – para o bem e para o mal (do bolso).
      Os participantes que dedicam mais suor, menos dinheiro, ainda podem ganhar certificados, prêmios e viagens. No Brasil, embora o número de obesos e sedentários seja crescente, o apelo ao bolso ainda é limitado ao elevado valor dos pacotes ou mensalidades das grandes academias. E ainda assim, há quem pague por não malhar.

Por Livia Machado
  
Fonte: educacaofisica.com.br