Personificação máxima do talento brasileiro, Mané foi bicampeão mundial
com a Seleção - já como destaque em 1958, na Suécia, e como enorme
protagonista em 1962, no Chile. Virou quase um sinônimo do maior
Botafogo de todos os tempos. Vestiu a camisa alvinegra de 21 de junho de
1953, na vitória de 1 a 0 sobre o Avelar, com gol seu, até 15 de
setembro de 1965, em outra vitória, por 2 a 1, sobre a Portuguesa-RJ.
Simples, quase infantil, levou a carreira paralelamente ao vício incontrolável pelo álcool. O passar do tempo transformou sua genialidade em decadência. E o fez sair do Botafogo. Mané defendeu ainda o Corinthians por sete meses em 1966, realizou amistosos com a Portuguesa-RJ em 1967, foi do Junior Barranquilla, da Colômbia, em apenas um jogo em 1968 e depois foi para o Flamengo. No Rubro-Negro, foram 14 partidas e quatro gols.
Foi uma passagem de cerca de seis meses. Depois, encerrou a carreira profissional no Olaria, em 23 de agosto de 1972 - em derrota de 1 a 0 para o Botafogo, ironicamente. Em seguida, fez jogos festivos por uma série de clubes pequenos Brasil afora. Em 1973, vestiu pela última vez a camisa da seleção brasileira, no chamado Jogo da Gratidão. Mané Garrincha morreu em 20 de janeiro de 1983, consequência de uma cirrose hepática - o preço cobrado pelo excesso de bebida. Foi velado no Maracanã e sepultado em Pau Grande. Tinha 49 anos.
Fonte: globoesporte.com