A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) nunca escondeu o desejo de
renovação no vôlei de praia. Para 2016, as equipes brasileiras estão
basicamente montadas com veteranas. E para 2020, parece que não haverá
muito com o que se preocupar. Afinal, Duda, de só 15 anos, despontou na
atual temporada como uma das maiores promessas dos últimos anos.
Em julho, quando ainda tinha 14 anos, a sergipana tornou-se a primeira a
disputar três Campeonatos Mundiais no mesmo ano (sub-19, sub-21 e
sub-23), e espantou os envolvidos com a conquista do título sub-19 e o
vice-campeonato sub-23, com atletas muito mais velhas e rodadas na
modalidade.
O resultado na categoria mais próxima do adulto foi o mais 'espantoso' devido às circunstâncias. Duda foi chamada às pressas para formar dupla com Thaís, já que Rebecca, que jogaria o torneio, pediu dispensa no dia do embarque. Sem treino algum ao lado da parceira, se apresentou no aeroporto, viajou para a Polônia e jogou dois dias depois.
"Esse ano está sendo muito bom para mim, com conquistas boas. Estou em um caminho muito bom, tenho amor pelo vôlei e não quero sair. Sei que tudo depende só de mim para dar certo", afirmou Duda, em entrevista ao UOL Esporte.
A garota é tratada como prodígio pela CBV. Mesmo tão nova, treina algumas vezes entre as profissionais que fazem parte da seleção brasileira e disputam o Circuito Mundial. Ali no grupo, aliás, está Maria Elisa, o maior 'espelho' de Duda, precoce nas conquistas e no cenário do vôlei de praia.
Internamente, na seleção, há quem acredita que Duda tenha potencial até mesmo para disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Para não 'pular etapas', a comissão técnica não pensa nesta possibilidade e pretende dar mais experiência à atleta antes de coloca-la entre as principais atletas do país. O foco é mesmo Tóquio-2020.
Fonte: esporte.uol.com.br