Foto: Eduardo Viana |
Rogério Ceni, ídolo do São Paulo, fez duras críticas à organização da
Copa do Mundo 2014 e aos políticos brasileiros. Em entrevista à Agência
Radioweb, o goleiro do Tricolor não economizou nas palavras quando
questionado se o Brasil tem condições de receber um evento como a Copa:
-Hoje não. Quer dizer, tem condições de receber uma Copa do Mundo nos
moldes que a gente poderia receber. Só não acho que a gente tem de
atender a exigências como fazer uma Copa igual a da Alemanha. O Brasil
nunca vai ser a Alemanha. As pessoas vão lá e todo mundo fica milionário
nessas coisas, ganham muito dinheiro. No Brasil, as pessoas só pensam
em levar vantagem. Então se constrói estádio e mais estádios. Depois
você vai no aeroporto de Guarulhos e não anda. As pessoas não querem,
não têm escrúpulos. As pessoas governam e lideram por interesses
pessoais e não do povo. A pessoa é eleita pelo povo, mas a primeira
coisa que ela pensa é o que pode fazer por ela, e não pelo povo.
O Morumbi, estádio do São Paulo, era o favorito para ser a sede da abertura de 2014. No entanto, o palco foi excluído até do mundial e a cidade de São Paulo será representada pelo futuro estádio do Corinthians. A Fifa e o COL (Comitê Organizador Local), liderado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, alegaram que o clube não atendia aos padrões exigidos e não apresentou as garantias financeiras para a adequação do estádio.
Durante a entrevista, Rogério Ceni foi questionado se o São Paulo sofria algum tipo de perseguição da CBF: - Eu não sei, não posso afirmar. É o preço que se paga quando você quer ser correto e honesto. Em um mundo onde as pessoas não veem o mundo dessa maneira é o preço que se paga. Para bater de frente com as coisas que quem preside o São Paulo acha que está errado paga-se um preço. Então a gente vive há alguns anos sofrendo umas coisas. Há um comportamento estranho sempre para com o São Paulo. Isso é algo notório e claro desde a exclusão do estádio. Mas é um estádio que quem gastaria o dinheiro? É o São Paulo para reformar, então não dá certo, não tem como. Se tivesse alguma verba de fora, alguma coisa que desse, mas quem vai gastar é o São Paulo. A responsabilidade é do clube. Aí não dá para construir outro estádio, aí não tem mais um bilhão para gastar. Então não dá muito certo. Tem que ter dinheiro que a gente não tenha tanto controle, porque se tiver responsabilidade não funciona para as pessoas que desejam as coisas que pretendem com construção de novos estádios.
O Morumbi, estádio do São Paulo, era o favorito para ser a sede da abertura de 2014. No entanto, o palco foi excluído até do mundial e a cidade de São Paulo será representada pelo futuro estádio do Corinthians. A Fifa e o COL (Comitê Organizador Local), liderado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, alegaram que o clube não atendia aos padrões exigidos e não apresentou as garantias financeiras para a adequação do estádio.
Durante a entrevista, Rogério Ceni foi questionado se o São Paulo sofria algum tipo de perseguição da CBF: - Eu não sei, não posso afirmar. É o preço que se paga quando você quer ser correto e honesto. Em um mundo onde as pessoas não veem o mundo dessa maneira é o preço que se paga. Para bater de frente com as coisas que quem preside o São Paulo acha que está errado paga-se um preço. Então a gente vive há alguns anos sofrendo umas coisas. Há um comportamento estranho sempre para com o São Paulo. Isso é algo notório e claro desde a exclusão do estádio. Mas é um estádio que quem gastaria o dinheiro? É o São Paulo para reformar, então não dá certo, não tem como. Se tivesse alguma verba de fora, alguma coisa que desse, mas quem vai gastar é o São Paulo. A responsabilidade é do clube. Aí não dá para construir outro estádio, aí não tem mais um bilhão para gastar. Então não dá muito certo. Tem que ter dinheiro que a gente não tenha tanto controle, porque se tiver responsabilidade não funciona para as pessoas que desejam as coisas que pretendem com construção de novos estádios.