As Copas do Mundo atravessaram as transformações políticas e culturais dos anos 60. O mundo vivia a divisão dos mega-blocos, Guerra Fria e do Vietnã, revoluções culturais, países latino-americanos sob a tutela de regimes militares.
Se a Copa anterior marcou o surgimento de Pelé, a Copa do Mundo de 1962 consagrou Garrincha. Com atuações brilhantes e dribles desconcertantes, o atacante das pernas tortas liderou o Brasil rumo ao segundo título mundial nos gramados chilenos.
Na equipe titular houve poucas mudanças em relação ao time de 1958. Mauro e Zózimo entraram nos lugares de Bellini e Orlando, respectivamente. O maior desfalque foi Pelé, que logo no segundo jogo, contra a Checoslováquia, se contundiu foi substituto nas outras partidas por Amarildo.
Na final, Mauro se tornou o segundo capitão brasileiro a erguer a Taça Jules Rimet. O atacante das pernas tortas também foi protagonista de uma polêmica na competição. Expulso nas semifinais contra os chilenos, pôde disputar o decisivo e último jogo após uma manobra nos bastidors.
Nesta Copa as ausências mais sentidas foram da França e da Suécia. As duas seleções não conseguiram se classificar nas eliminatórias, que contaram com um número recorde de 56 países.
Na Copa do Mundo do Chile em 1962, a estrela de Pelé não brilhou, machucado no primeiro jogo, mas o Brasil contou com Didi, Djalma e Nilton Santos, Vavá, Zito e... Garrincha, um dos artilheiros da competição e melhor jogador da Copa. Recusado por vários clubes até ser aceito e brilhar no Botafogo e na seleção. Com Garrincha, o escrete canarinho só perdeu uma vez em 60 jogos. Com Garrincha e Pelé, o Brasil não perdeu nenhum jogo.
O Brasil sagrou-se Bicampeão vencendo na final a Tchecoslováquia, que ficou em 2º lugar, por 3 a 1, enquanto que os donos da casa, a seleção chilena, ficou em 3º.
A competição também teve o maior número de artilheiros. Ao todo, seis jogadores marcaram quatro gols cada: Garrincha, Vavá, Leonel Sánchez (Chile), Albert (Hungria), Jerkovic (Iugoslávia) e Ivanov (URSS).
DESTAQUES DA COPA
GARRINCHA
Com a ausência de Pelé, o ponta assumiu
a responsabilidade e levou o Brasil ao bi.
ADOLF SCHERER
Destaque da companha da Checoslováquia,
que terminou com o vice-campeonato.
VAVÁ
Artilheiro marcou um dos gols da vitória
na final contra a Checoslováquia.
Fonte e fotos:esportesterra.com