sexta-feira, 18 de julho de 2014

COPA SUB-17 COMEÇA ESTE MÊS E POÇO VERDE FARÁ PARTIDA DE ABERTURA

     A Sétima edição da Copa de Futebol Sub-17, competição promovida pelo governo do estado, através da Secretaria de Estado do Esporte e do Lazer (SEEL), começa no dia 26 de julho, com as festividades de abertura, marcadas inicialmente para a cidade de Carmópolis. Além do tradicional desfile das agremiações, com o canto do Hino Nacional e outras atrações, o jogo de abertura da competição reunirá seleções de Poço Verde última campeã e Nossa Senhora da Glória vice-campeã.
     Será um jogo tira-teima, uma vez que essas equipes decidiram a última edição, com vitória de Poço Verde, que se sagrou campeã. A partida não vale ponto, mas é a grande oportunidade da seleção de Glória mostrar que está preparada para ir em busca do título deste ano.
    As 36 seleções inscritas na Copa Sergipe de Futebol Sub-17 foram distribuídas em sedes regionalizadas. As equipes jogam entre si no sistema de ida e volta, classificando-se duas equipes em cada grupo, para as fases seguintes que serão mata-mata. Simão Dias está entre as seleções participantes.

Fonte: edelsonfreitas.com
 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

COPA DO MUNDO DE FUTEBOL 2014! UM BREVE OLHAR...



Juca Kfouri - 12/07/2014
     O que é pior, o vira-latismo ou o puxa-saquismo?
     Se o primeiro se confundir com espírito crítico certamente o segundo é pior, porque é mera bajulação.
     Comecemos pelo começo: a imagem do Brasil depois da Copa é muito melhor do que, com carradas de motivos, se imaginava antes dela.
     Fez-se, em resumo, um bom anúncio do país.
     Porque houve a festa que se imaginava que haveria nos estádios e não houve a tensão prevista fora dele.
    Por incrível que possa parecer, Joseph Blatter, o poderoso chefão da Fifa, tinha razão: a sedução do futebol falou mais alto, ainda mais porque, paradoxalmente, se a Copa não apresentou nenhuma seleção inesquecível, mostrou jogos formidáveis, como uma homenagem ao país que já foi o do jogo bonito.
     Repita-se para suavizar o que virá a seguir: o Brasil ganhou a 20ª Copa do Mundo da Fifa e ainda por cima prendeu gente dela que há décadas atenta contra a economia popular, um legado inestimável, exemplar, digno de ser aplaudido de pé assim como a hospitalidade nacional.
     Tamanhas vitórias não escondem as derrotas e aqui não se fará nenhuma menção, além desta, à goleada alemã.
     Por falar nisso, em alemães, nossa Copa foi muito melhor que a da África do Sul, mas não foi, como organização, melhor que a de 2006.
     Claro, da Alemanha se espera perfeição e a Alemanha esteve perto disso. Do Brasil esperava-se uma catástrofe e o Brasil ficou longe disso.
     Contudo, na Alemanha não foram construídos elefantes brancos como os de Manaus, Cuiabá, Natal e Brasília, cujas contas jamais serão pagas a não ser que ocorra mais um milagre brasileiro.
     Lá não morreram tantos trabalhadores, nem caiu viaduto com duas mortes, nem se desalojou tantas famílias, nem nada custou tanto a ponto de a nossa Copa ter superado o custo dos três últimos torneios e nenhum estádio foi invadido por torcedores como o Maracanã pelos chilenos. Tampouco faltou luz no jogo de abertura.
    Esquecer tais fatos em nome da imagem externa é que é o verdadeiro vira-latismo, como se a aprovação estrangeira nos bastasse.
    É verdade sim que o governo federal, um mês antes de a Copa começar, partiu em busca de empatar um jogo que perdia por 4 a 0 e que conseguiu vencer, digamos,por 6 a 5 — o que exige elogios ao ataque assim como críticas à defesa.
     Ocorre que há quem queira fazer apenas elogios e outros que só desejam criticar, todos movidos ou por cegueira partidária ou por outros interesses.
     Não se trata de negar o sucesso da Copa, mas de dizer que poderia ser melhor.Tudo, aliás, sempre pode ser melhor, por melhor que tenha sido.
    Trata-se de não esquecer o quanto custou em vidas e dinheiro, em desalojamentos e atrasos, em remendos de última hora, uma porção de coisas para as quais os estrangeiros não estão nem aí, mas que devem preocupar os que estão aqui e que, enfim, pagarão a conta.
     Porque outro legado da Copa é a consciência de que megaeventos são muito bons para quem os promove e para as celebridades que gravitam em torno,mas não são necessariamente bons para quem os recebe, razão pela qual será excelente se os próximos forem submetidos à consulta popular.
     O turista que veio não se hospedou nos melhores hotéis nem comeu nos melhores restaurantes, preferiu albergues ou sambódromos, lanchonetes ou churrasquinhos de gato.
    Até mesmo os aeroportos inconclusos (o de Brasília é simplesmente espetacular, registre-se) suportaram bem a carga,entre outras razões porque o movimento foi menor que o normal neste período.
     Em resumo: o Brasil ganhou a Copa de virada e o resultado pode ser considerado excepcional, digno de comemoração para irritação dos vira-latistas.
     Mas não foi de goleada como bimbalham os puxa-sacos.
     Além do mais, se o jogo acabou para o mundo, segue correndo no nosso campo.
     A um custo que ainda será mais bem apurado.

Fonte: uol.com.br
 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A ALEMANHA VENCE A "BATALHA DO RIO DE JANEIRO" E É TETRA!

Por Juca Kfouri   
     Humildes, os bicampeões mundiais argentinos deixavam a iniciativa do jogo a cargo dos tricampeões alemães.
   Que se insinuavam com seu sedutor toque de bola, mas eram bravamente rechaçados num árduo combate que permitia aos sul-americanos serem sempre mais perigosos nos contra-ataques.
     Com 15 minutos, o quadro era esse: domínio germânico, perigo platino.
   À torcida brasileira restava apreciar e, de quando em vez, lembrar aos visitantes aos brados de “pentacampeão” que, apesar de tudo, enfim…
    Não é que aos 20 o gigante Kroos recua mal uma bola e deixa Higuaín na cara do gol para desperdiçar da marca de pênalti uma bola imperdível?
    Equilibradíssimo, o jogo volta à sua toada, organização com talento na posse de bola contra disciplina tática e pertinácia para roubá-la.
    Lionel Messi pega pouco na bola, mas, quando pega, apronta e deixa em maus lençóis a retaguarda alemã, como no gol bem anulado aos 29.
    Em seguida, grogue depois de um choque, Kramer tem de sair para entrada de Schuerrle.
     Irritados, os alemães, quem diria?, começam a abrir a caixa de ferramentas e tanto Scheweinsteiger como Hoewdes são devidamente amarelados.
     A Argentina é muito, mas muito mais perigosa, aos 35 minutos.
     Mas é a Alemanha que, aos 36, cria sua primeira chance.
   O jogo é bom, muito bem disputado e tremendamente interessante para quem curte táticas e estratégias.
    A Argentina marca em seu campo sem trégua e se aproveita do espaço nas costas dos ofensivos alemães, nem sempre guardadas pelo “líbero” Neuer.
    Messi recebe em impedimento e em velocidade vertiginosa chega no goleiro e lhe aplica o drible da vaca, sem conseguir concluir, para sorte do juiz italiano.
    A Alemanha responde em seguida e Romero segura.
   No último minuto, Hoewedes sobe no escanteio e cabeceia violentamente contra a trave argentina.
Sorte de campeão?
     Sessenta anos depois da “Batalha de Berna”, os alemães se viam diante de um adversário que se não tinha a magia dos húngaros tinha o desejo de se vingar da final em Roma, em 1990.
     Era a “Batalha do Rio de Janeiro”.
    E nos cinco primeiros minutos do segundo tempo a Argentina chegou três vezes com chances de gol, a terceira delas, nos pés de Messi, menos imperdível que a de Higuaín, mas ainda assim imperdível.
     Aguero jogava no lugar de Lavezzi.
    O Maraca tinha menos camisas amarelas e alemãs que azuis, mas, juntas, as gargantas que as vestiam faziam mais barulho que os argentinos.
    Aos 12, Neuer atropelou Higuaín dentro da área e o árbitro europeu em vez de dar o pênalti marcou falta do atacante sul-americano, um absurdo
    O 0 a 0 já não era mesmo justo.
    Mascherano erra pela segunda vez, faz falta e leva o amarelo.
    Em seguida Aguero pega Scheweinsteiger e também leva o seu.
   Aos 70 minutos de jogo os alemães parecem mais inteiros, mas, também, mais irritados.
    E os argentinos parecem especular com a prorrogação.
   Ainda bem que é proibido fumar no estádio, não só pelo bem que faz à saúde como, também, porque quem acendesse um fósforo poderia explodir o estádio.
     Diante de 74.738 torcedores tudo, simplesmente tudo poderia acontecer.
     Alejandro Sabella resolveu tentar com Palacio e tirou Higuaín.
     Messi fazia das tripas coração, mas era pouco.
    Os alemães, quem diria?, também simulam pênaltis…
   Quem gritava “Deutschland” começa a pedir por Podolski, mas a Alemanha ensaia uma blitz.
    Perez sai, Gago entra.
   Sabella pensa no empate e numa bola de prata, de ouro, a do tri.
   A Alemanha troca Klose por Goetze.
  O maior artilheiro da Copas sai em branco da finalíssima, intensamente aplaudido.
  Serão três os minutos de acréscimos e Alemanha perde um contra-ataque bisonhamente.
   Pernas presas, pesadas, pelo cansaço e responsabilidade.
    Vem aí a prorrogação.
    A Copa não quer acabar no Brasil, mas, lembremos: a Alemanha treinou na semifinal contra o Brasil e, no dia seguinte, a Argentina foi aos pênaltis contra a Holanda.
    Logo de cara, a Alemanha quase marca.
   E Palacio, em seguida, tem a chance ainda mais clara, encobre Neuer, mas para fora.
   As melhores oportunidades seguem da Argentina e o domínio permanece alemão.
    Só que perder tantos gols numa final é complicado.
   Esgotados no gramado, o combustível dos jogadores vinha das arquibancadas que, estas sim, não pareciam nada cansadas.
   Que espetáculo inusitado, único mesmo, jamais visto num estádio brasileiro.
   Mais 15 minutos sem gol.
   Mais 15 minutos para um gol.
   Lembremos, tanto o Brasil quanto a Itália chegaram aos tetras nos pênaltis e depois de 24 anos de seus tricampeonatos.
   Imagine a angústia do deus dos estádios.
   Um novo Maracanazo, mas para os argentinos?
   O primeiro título europeu na América?
   O empate 10 a 10 nos títulos, para tirar a vantagem da Europa?
   Como os alemães fizeram quatro gols em seis minutos no Brasil, sete em 90, e lá se vão 105 minutos sem um golzinho na Argentina?
  Está valendo tudo, Aguero merecia ser expulso ao tirar sangue de Scheweinsteiger que volta a campo bravamente, aparentemente depois de levar pontos no rosto, a frio, pernas seguras pelo massagista enquanto o médico trabalhava.
    E aí brilha a estrela de Joachim Loew, porque Goetze recebe um cruzamento da esquerda, mata no peito e põe a Alemanha na frente.
    Para ganhar tempo, a Alemanha troca Özil por Mertesacker.
    Mais dois minutos de acréscimos e Messi tem falta perigosa para bater.
    Bate nas alturas, o deus dos estádios pega a bola e decreta o tetra.
   Os argentinos, bravíssimos, vivem o “Último tango no Rio”, depois de uma batalha em que ambos mereciam o título.
   Verdade que, além do mais, os alemães foram também os campeões da simpatia desde que chegaram e descobriram o Brasil na Bahia, mais exatamente em Cabrália.

Fonte: uol.com,br