Por Juca Kifouri
A Copa do Mundo perdeu uma de suas maiores atrações.
Uma pena!
Uma pena justa de nove jogos para quem é reincidente, ou melhor, treincidente.
Uma
pena em todos os sentidos, porque pune um craque que foi ao extremo do
sacrifício para jogar a Copa, o que vinha fazendo com brilho e garra.
Mas quando a raiva é maior que a garra, a raiva cega, a raiva morde.
E é inadmissível que se morda ou que se cuspa num jogo de futebol.
Claro, pior, como consequência física, são os pontapés ou cotoveladas ou soladas.
Sempre,
no entanto, o autor poderá dizer que foi na bola, que quis se defender
ou até mesmo que perdeu a cabeça, mas não mordeu, nem cuspiu ou deu
puxão de cabelo.
São nuances sim, mas que fazem a diferença.
Deu
pena também ver Diego Lugano, que merece tanto respeito e admiração,
primeiramente com a indefensável argumentação de que a marca da mordida
nas costas do italiano era uma cicatriz antiga.
Mas nem quem acredita na cerveja com cevada da Granja Comary cairia nesta.
Depois,
o capitão uruguaio veio com a história de perseguição da imprensa, sem
perceber que muitos dos jornalistas, na verdade, lamentam ver Luisito
Suárez alijado da Copa.
Embora o presidente uruguaio, José Mujica,
também tenha dado uma pisada na bola ao embarcar no coro da perseguição
ou coisa montada contra o goleador, ao menos ele foi franco ao dizer
que de Suárez não se esperam gentilezas ou gestos educados.
É verdade.
Nem mordidas.
Fonte: uolesporte.com