quinta-feira, 4 de novembro de 2010

LESÃO DE MENISCOS

Equipe Universidade do Futebol

     Os meniscos são formados por duas cunhas de fibrocartilagem que possuem forma semelhante à de uma meia-lua crescente. Estão localizados entre os côndilos femorais e o platô tibial.
      Um dos casos mais comuns que provoca a lesão do menisco é quando aparece uma dor repentina no joelho, logo após a lesão por torção ou de algum movimento brusco de mudança de direção. De um modo geral, é formada uma efusão ao longo de 24 horas, podendo ocorrer hemartrose imediata nos casos de laceração na periferia vascular do menisco, mas esse achado também deve levantar a suspeita de uma lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA).
      No atleta que está com laceração em alça de balde, é mais comum notar o travamento do joelho ou a impossibilidade de esticar o joelho após uma posição flexionada decorrente de um travamento mecânico. Os sinais mais comuns nos casos de lesões meniscais crônicas são dor, efusão recorrente e desconforto ao subir escadas, apesar que esses sinais também podem indicar alguma patologia patelofemoral.
      Durante o exame da lesão, a dor de palpação na linha da articulação é o sinal clínico mais sensível de um menisco lacerado e, freqüentemente, a dor é intensa pela hiperflexão. Deve-se observar, ainda, que é necessário a realização de um exame para detectar a efusão e atrofia do quadríceps. O exame para instabilidade do joelho é imprescindível se for constatada patologia do menisco, devido à forte associação entre lesões do menisco e ligamento cruzado.
      Nos casos em que há suspeita de patologia intra-articular deve ser realizadas radiografias para que sejam eliminadas as existências de fraturas, lesões ósseas e lesões capsulares.
      O tratamento recomendado para a maioria dos casos é um período de repouso e sustentação de peso com proteção. A maoiria dos lesionados é refratária ao tratamento conservador (sem cirurgia), mas em alguns casos é conveniente a realização de uma artroscopia.
      Após os procedimentos necessários, o atleta deve executar exercícios de amplitude de movimentos e de sustentação do peso, de acordo com sua tolerância, com uma órtese em extensão completa. Inicialmente, o fortalecimento começará com exercícios de elevação da perna esticada e exercícios isométricos para o quadríceps. A órtese é retirada gradativamente e será substituída por uma joelheira de neoprene para maior conforto. Ao longo dos dois meses seguintes, será promovida lenta progressão do fortalecimento. Nos estágios finais da reabilitação o atleta deverá executar exercícios funcionais de fortalecimento específico para o esporte que pratica. A sensibilidade proprioceptiva poderá ser melhorada se o atleta exercitar-se em superfícies de diferente elasticidade.
      O tempo para retorno do atleta às atividades esportivas varia muito, pois depende do tipo de cirurgia específica do menisco (se é uma meniscectomia parcial ou reparo de menisco) e da evolução do tratamento. De uma maneira geral, o atleta leva de três a seis meses.
 
Fonte:universidadedofutebol.com.br